Trata-se de um engenho destinado à moagem de cereais que tira partido da energia das marés: a água armazenada no grande reservatório junto ao moinho (caldeira) durante a enchente, é libertada na vazante, fazendo acionar as mós.
O aparecimento dos moinhos de maré em Portugal data do século XIII, tendo subsistido até aos nossos tempos com modificações mínimas.
Em meados do século XX muitos encontravam-se já abandonados, devido à concorrência das moagens mecânicas - destino idêntico tiveram as azenhas dos rios e os moinhos de vento.
Os moinhos de maré eram construídos quase sempre em estuários de rios e lagunas - na Ria Formosa chegaram a existir 30 destes engenhos.
O Moinho Novo de Marim, construído em 1885, foi o último a ser encerrado, já em 1970 e posteriormente a ser restaurado pelo PNRF.